Aprender com as Diferenças
Maria Amélia Vampré Xavier Diretora para Assuntos Internacionais da Federação Nacional das APAEs - FENAPAES em Brasília, Assessora Especial de Comunicação de Inclusion InterAmericana e Assessora da Vice Presidência de Inclusion InterAmericana – Brasil , Relações Internacionais do Instituto APAE e da APAE em São Paulo, atua na Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social do Governo do Estado de São Paulo, na Rede de Informações do COE, no Sorri Brasil e no Instituto Carpe Diem em São Paulo.

Considerações Sobre A Acessibilidade Extraídas Do Documento Do SESC São Paulo - 01/10/2010
Idosos No Brasil – Vivências, desafios e expectativas na 3ª Idade

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Como todos sabemos, e particularmente nós, os idosos sabemos, no Brasil é difícil envelhecer especialmente se pertencemos ao largo contingente da população que não é rica e depende de aposentadorias iníquas para sobreviver e não viver. Há muitos aspectos da velhice, ou do envelhecimento, que devem ser estudados e um deles extremamente pertinente é, sem dúvida, a falta de acessibilidade da população mais velha aos equipamentos sociais das cidades.

Neste documento do SESC SP, de maio de 2007, os pesquisadores fazem as seguintes considerações:

4.2. Acessibilidade

· Um terço da população idosa (35%) declarou que encontra dificuldade para andar nas ruas e calçadas das cidades onde vive, sobretudo em função de buracos (23%), mas também pela irregularidade das calçadas (9%), pela existência de degraus (5%) e em função de calçadas estreitas (5%). Em geral, as mulheres sentem mais dificuldade que os homens para transitar nas ruas das cidades onde vivem (40% contra 29%) entre os homens).

· No acesso aos prédios públicos como bancos, shoppings e repartições públicas, 11% afirmam encontrar alguma dificuldade. O excesso de degraus e filas constituem os principais problemas (3%), bem como a falta de prioridade no atendimento aos idosos (2$).

· Com os transportes públicos 21% dos idosos encontram dificuldades, o que corresponde a l/4 da população idosa usuária, uma vez que 19% dos idosos afirmam não usar transporte público.

· A altura dos degraus dos ônibus é a principal dificuldade apontada (8%), mais reclamada entre as mulheres (11%), contra 4% entre os homens e variando de 9% entre os que possuem entre 60 e 69 anos a 16% entre os com 80 anos ou mais.

· Outras dificuldades percebidas são o fato de que os ônibus não pararem para os idosos e o mau atendimento que motoristas e cobradores dedicam aos idosos (5%) cada.

· Praticamente a totalidade dos idosos (94%) sabe que as pessoas a partir de 65 anos têm direito de usar transporte público gratuitamente, no entanto, somente metade deles (46%) faz uso desse benefício.

Como vemos por estas estimativas, a não acessibilidade é um dos principais fatores para o indivíduo idoso permanecer isolado em sua casa, isso levando com frequência a casos de depressão por seu afastamento do intercâmbio social que desfrutou durante a vida toda.

Aliás, para nós que militamos na área das deficiências e envelhecemos trabalhando, é bastante claro que a falta de acessibilidade empobrece nosso cotidiano.

Transcrito e digitado em S.Paulo por Maria Amelia Vampré Xavier, da Rede de Informações Área Deficiências Secretaria Estadual de Assistência e
Desenvolvimento Social de S.Paulo, Fenapaes, Brasília (Diretoria para Assuntos Internacionais), Carpe Diem, SP, Sorri Brasil, SP, Rebrates, SP,
Inclusion InterAmericana e Inclusion International em 11 de novembro, 2008.

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