A Semana - Opiniões
Erika de Souza Bueno Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação; Professora e consultora de Língua Portuguesa pela Universidade Metodista de São Paulo; Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família; Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br). E-mail: erika.bueno@fk1.com.br

Fontes de satisfação e de bem-estar - 20/08/2010
A busca pelo bem também dos outros

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Ao sairmos por aí, é comum vemos pessoas angustiadas, incomodadas e insatisfeitas. O descontentamento é nítido, pessoas vão e voltam apressadamente todos os dias, tendo sobre a pele do rosto as mais duras e rígidas expressões.

Muitas resolvem dedicar seus dias a manifestar suas frustrações e insatisfações e, ao verem um otimista passando despropositalmente por elas, assumem ainda mais uma postura de desagrado e desprazer.

Tendências assim, ou seja, persistir em se manter longe das pessoas com uma atitude pessimista, afastam as pessoas de nós e, também, a felicidade de se ter qualidade de vida.

Ora, não dá para continuar assim, é preciso pensarmos em investimentos mais agradáveis para aplicarmos às nossas horas, ou seja, em vez de reclamarmos daquilo que não está bom, podemos perfeitamente elogiar aquilo que está indo muito bem.

Esta mudança de perspectiva precisa ser transmitida a cada um de nossos alunos, pois, em caso diferente, veremos cada vez mais pessoas insatisfeitas com a grande dádiva advinda de Deus, ou seja, as nossas vidas.

Todos nós precisamos estabelecer estratégias que nos permitem viver dias melhores e não nos rendermos diante de infortúnios que queiram nos vitimar. A nossa vida pode ser muito melhor do que tem sido e isto só depende de nós mesmos.

Acredito que o primeiro passo é assumir-se na posição de comandante, ou seja, não se permitir viver como vítima de circunstâncias adversas, quaisquer que sejam elas.

Esta posição de comando nos faz entender que de nada adianta transferirmos aos outros a responsabilidade que é nossa. Dizer que não se é feliz devido a algum infortúnio não contribui para a eliminação desta desventura e, ainda, não colabora para que a nossa vida sofra com ações que tenham potencial suficiente para nos fazer felizes.

A valorização em demasia do problema é como um entrave que não nos liberta para sorrir e, ainda mais, mina qualquer possibilidade de verdadeira qualidade de vida.

É necessário pensarmos em quais fontes podemos extrair satisfação e bem-estar. Definir estas fontes não é possível, pois ela difere para cada um de nós, ou seja, se para um a fonte de satisfação é um passeio num campo, para outro pode ser um dia de muito sol em frente ao mar.

Cada um precisa definir o que lhe faz feliz, o que lhe dá satisfação. Contudo, ao definir qual é a sua fonte de prazer, não é conveniente passar horas reclamando por ter que sair cedo para trabalhar, por exemplo, até mesmo porque é do nosso trabalho que extrairmos os recursos que nos permitem estabelecer estratégias para conseguirmos o que desejamos.

Esta atitude, ou seja, deixar de entender o trabalho como um agravo e passar a enxergá-lo como uma possibilidade de se aumentar as chances de nos aproximar da nossa fonte de prazer e satisfação, é uma rica forma de mudarmos o foco do problema e passarmos a focar na solução para ele.

Deixar de entender o problema como algo que só vem para nos incomodar e nos tirar da nossa zona de conforto, e passar a entendê-lo como uma chance de exercitar nossa musculatura, o que nos preparará para sermos agradáveis para aqueles que estão perto de nós.

Mudanças de perspectivas são fundamentais para nós e para nossos alunos, os quais estão em contato diário conosco. Deixar de supervalorizar o que não está na ordem e ampliar as possibilidades de soluções fazem com que nossas vidas ganhem novos rumos, novas esperanças, nossas direções e, assim, vivermos dias muito melhores.

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