A Semana - Opiniões
Erika de Souza Bueno Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação; Professora e consultora de Língua Portuguesa pela Universidade Metodista de São Paulo; Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família; Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br). E-mail: erika.bueno@fk1.com.br

A insegurança precisa ser vencida por nós mesmos - 21/06/2010
Exercício para vencer em todos os tempos

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Todas as vezes que nos sentirmos inseguros frente a alguma situação precisaremos, no mínimo, fazer uma autoanálise e entender verdadeiramente se esta tal insegurança está ou não mascarando conceitos que precisam ser mais bem trabalhados dentro de nós mesmos, pois a insegurança demasiada é algo que precisa ser combatido antes que ela nos faça reféns de nós mesmos.

Sentimo-nos inseguros, muitas vezes, porque é perfeitamente possível acreditarmos que esperar que o outro faça algo para nós ou por nós é muito melhor, pois nesta condição não precisamos, num primeiro momento, assumir a responsabilidade por aquilo que está ou não sendo feito ou simplesmente acontecendo.

A ausência de segurança em nós mesmos certamente é a causa de inúmeros conflitos, até mesmo conflitos em relacionamentos entre pessoas já adultas e que deveriam ser mais experientes. 

Neste ponto cabe a nós refletirmos sobre os conflitos vivenciados pelos nossos alunos e filhos, pois se até mesmo pessoas com mais vivências sofrem pelo excesso de insegurança, o que não se dirá do jovem aluno que devido a pouca idade ainda não tem maturidade para entender-se capaz de ultrapassar diversas formas de limites?

É claro que todos nós temos limites, todavia estes não podem nos fazer inseguros ao ponto de nos fazer viver à sombra de outra pessoa. É importante compreendermos que o fato de termos ciência e consciência de todas as nossas limitações é algo que precisamos zelar, pois estas boas características não vão nos permitir ser inconsequentes, mas sim pessoas sensatas e ajustadas consigo mesmas.

A insegurança não nos permite ousar e, com isso, os limites naturais de cada um de nós vão intensificando ao ponto de se tornarem como barreiras perpetuamente imbatíveis, o que é um grande engano que nos faz vítimas de monstros criados por nossas próprias mãos. A ousadia ponderada e consciente da realidade de cada um é essencial para nos permitir descobrir que somos muito mais capazes do aquilo que até então acreditávamos.

É importante pontuar mais uma vez que ser ousado não tem nada a ver com ser inconsequente, equívocos que nossos alunos e (por incrível que possa parecer) muitos adultos sempre cometem.

Acredito que ter disposição para enfrentar novos casos e situações é o primeiro passo para vencermos a insegurança. A primeira maneira de identificar se temos ou não disposição para enfrentar o novo é se temos otimismo para tal, sendo que a maioria das vezes só percebemos isso diante de alguma circunstância adversativa.

Há pessoas, por exemplo, que ao serem notificadas que estão com algum problema de saúde enxergam isso como uma maneira de exercitar sua musculatura diante da vida e, mesmo sabendo das limitações que tal problema causará, não permitem que a sua vida inteira seja abalada por uma má notícia como esta. 

Estas pessoas acreditam que o futuro pode ser melhor do que o presente, mesmo alguns fatores insistindo em tentar mostrar o contrário e, nesta confiança, continuam lutando para que a felicidade seja verdadeiramente perpetuada, ou seja, não desistem da felicidade.

Há, entretanto, outros perfis de pessoas que diante de situação similar sentem verdadeiro terror diante do quadro que se apresenta, sendo que este terror as impedem de traçar métodos para se adquirir ou continuar tendo qualidade de vida.

Se formos dizer um dos principais motivos de nos exercitarmos para vencer a insegurança seria a importância de nos prepararmos (e preparar também os nossos alunos) para os momentos difíceis que a vida nos reserva, pois ninguém esteve ou estará isento de passar por situações que colocam à prova a nossa capacidade de resistência. 

Isto porque, se permitirmos que a insegurança nos intimide a viver à sombra de alguém e não encararmos a vida como ela é (e não como gostaríamos que ela fosse), quando a vida nos apresentar algo que precisa ser vencido e/ou administrado com garra e convicção, teremos muito mais dificuldades para sairmos vencedores.

Sendo assim, sair da sombra que não nos permite enxergar as verdades da vida e vir para a luz, encarando os fatos tais como são é um importante passo para vencermos a insegurança, na qual todos nós podemos nos sentir menores do que somos e do que é possível sermos. 

A insegurança é como uma máscara que esconde de nós mesmos aquilo que verdadeiramente poderemos conseguir, ou seja, tornarmo-nos pessoas convictas nas nossas capacidades, desde que estas sejam exercitadas ao longo do tempo, ou seja, tanto nos bons quanto nos maus momentos que a vida quiser nos apresentar.

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1 COMENTÁRIOS

1 Paulo Jorge de Jesus - Salvador
Texto leve, de fácil leitura e muito bem argumentado.
21/06/2010 14:29:22


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