Aprender com as Diferenças
Maria Amélia Vampré Xavier Diretora para Assuntos Internacionais da Federação Nacional das APAEs - FENAPAES em Brasília, Assessora Especial de Comunicação de Inclusion InterAmericana e Assessora da Vice Presidência de Inclusion InterAmericana – Brasil , Relações Internacionais do Instituto APAE e da APAE em São Paulo, atua na Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social do Governo do Estado de São Paulo, na Rede de Informações do COE, no Sorri Brasil e no Instituto Carpe Diem em São Paulo.

Quando os Professores Aceitam o Desafio de tornar suas classes mais inclusivas, todos os alunos se beneficiam, não só os que “têm necessidades especiais” - 12/03/2010
Maria Amélia Vampré Xavier

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Extraído e traduzido de documento da UNESCO (www.unesco.org) de ajuda aos Professores Understanding And Responding To Children´S Needs In Inclusive Classrooms.

Traduzido do inglês e digitado em São Paulo por Maria Amélia Vampré Xavier, da Rede de Informações Área Deficiências Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, Fenapaes, Brasília, (Diretoria para Assuntos Internacionais), Rebrates, SP, Carpe Diem, SP, Sorri Brasil, SP, Inclusion Interamericana e Inclusion International em 14 de outubro, 2009

Estamos agora interessados em alguns exemplos que a UNESCO nos dá em seu Guia para Professores (Compreendendo e Respondendo às Necessidades das Crianças em Classes Inclusivas) e que mostram como as escolas, as classes inclusivas melhoram, quando a atitude do professor é aberta e generosa em relação ao alunado que povoa sua classe.

Vamos reproduzir esses exemplos a seguir, esperando que sirvam de incentivo a tantos educadores ainda não totalmente convencidos sobre o quanto de bom pode resultar dessas atitudes inovadoras dos mestres:

A Gyermek Haza School na Hungria aceita alunos entre seis e doze anos de idade, vindos do distrito local, incluindo os que apresentem deficiências.  Vince, de onze anos, tem uma limitação auditiva grave, porém, de posse de aparelhos de audição é capaz de se comunicar oralmente.

Seus pais não quiseram que fosse para uma escola especial separada porque ficava longe da vizinhança e longe dos amigos.  Os pais negociaram a matrícula de Vincent numa escola comum com a Autoridade Educacional Local e a diretora da escola.  Vince é muito interessado no mundo natural e aprecia artes e artesanatos.  Seus melhores amigos são Ani e Mate.  Brincam muito quando têm tempo livre.  “Contamos boas piadas e falamos acerca de coisas interessantes. Quando crescer quero ser um arquiteto.” diz Vince.

Os professores encaram sua escola como um lugar acolhedor para todas as crianças.  Eles acreditam que cada criança deve desenvolver ao máximo as suas capacidades; serem capazes de aprender com independência; ter acesso a uma ampla escala de possibilidades de aprendizado diferenciadas e receberem apoio num ambiente positivo de aprendizado. 

“A escola desenvolveu um currículo local e publicou seus próprios materiais de currículo em húngaro.  Os livros apresentam tarefas graduadas que permitem que os alunos trabalhem em seu próprio nível e ritmo pessoal, porém, com conteúdo semelhante.  Estes materiais tem ajudado todos os alunos a aprenderem melhor.

Suzete Simbine é uma professora-educadora na Universidade Pedagógica, Moçambique.

Suzete teve pólio durante seus primeiros anos de escolaridade nos anos oitenta.  Esta é sua história.

“Os professores disseram para meu pai que eu não poderia continuar e estudar uma vez que eu não podia mais andar.  Meu pai insistiu que me dessem uma oportunidade.  Ele me carregava até a escola todos os dias. Tinha eu necessidades (educacionais) especiais?  Não, no que se refere a ler, escrever, matemática e música eu não tinha quaisquer necessidades especiais.  Eu era uma das melhores alunas, eu queria estudar bastante e ser ainda melhor do que os outros para provar que era capaz de fazer isso. E para agradar meu pai que tinha feito o esforço grande.

“Quando tínhamos educação física fui excluída e só ficava espiando.  Hoje, como adulta e como professora-educadora qualificada eu conhecia melhor as coisas e exigia ser incluída da minha forma especial.  Depois de receber treinamento os professores podem encontrar formas para as crianças participarem em atividades de educação física.  O mais importante, entretanto, é que os professores discutam e experimentem com crianças a fim de descobrir como elas podem melhor exercer papel ativo em todas as atividades escolares.  Existem sempre algumas formas alternativas de participar.”

Como vemos, é importantíssima a atitude dos professores dando as boas vindas ao alunado que tiver necessidades educacionais especiais. É deles, de seu sorriso hospitaleiro, aceitando toda criança que lhe for apresentada como uma pessoa de valor, cujo futuro poderá ser muito risonho, que vai depender o sucesso da educação chamada inclusiva que se torna muito válida porque como dizem especialistas do mundo inteiro a educação inclusiva é uma questão de direitos humanos.

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2 COMENTÁRIOS

1 Ivaneide Souza Araújo Fernandes - Wagner
Devemos tratar nossos alunos todos de uma mesma forma sem exclusão, sem preconceito de cor ou qualquer outro. Os alunos excepcionais sim, deveriam receber uma atenção especial, pois eles precisam de nós mais do que os outros.Vamos ser mais amáveis com esses alunos e nos dedicar mais a ele.
24/03/2010 22:17:17


2 Cecilia Antonia Silva Oliveira - São João do PacuiMG
Gostaria muito se vcs pudessem me mandar por email artigos sobre a inclusão de crianças com deficiencias na educação infantil, pois preciso recolher informações sobre o assunto, é preciso pesquisar muito para que possa desenvolver meu TCC monografia ficaria honrada se vcs pudessem me ajudar. Atenciosamente, Acadêmica da Ulbra Universidade Luterana do Brasil
12/03/2010 11:12:37


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