O Professor Moacir Gadotti, diretor do Instituto Paulo Freire, defende - em entrevista exclusiva para a Caros Amigos de fevereiro - uma política educacional voltada para a formação da cidadania. “A escola precisa dizer que país queremos. A cara da escola tem que ser a cara do país que queremos”.

Gadotti, que lecionou da pré-escola a pós-graduação nos seus 46 anos de magistério, analisa a situação da educação no Brasil, aponta por que o país não conseguiu erradicar o analfabetismo e indica os pontos de avanço e de atraso no sistema educacional.

Na entrevista cheia de personalidade, o professor apresenta dados e reflexões que merecem atenção. Lembra, por exemplo, que só na Grande São Paulo há mais de 600 mil analfabetos.

Além disso, se mostra preocupado com a forma que o conteúdo é passado nas escolas. “A informação não é poder, o poder está em como se usa a informação. Então, o instrucionismo reduz a educação à simulação de uma informação e não à criação”, diz Gadotti.

Ele aposentou-se pela USP, mas continua trabalhando na universidade. É autor de muitos livros, inclusive em parceria com Paulo Freire – com quem estudou nos anos 70, na Suíça. Foi, também, assessor de Freire na Secretaria de Educação de São Paulo, durante a gestão da prefeita Luiza Erundina (1989-1992). Atualmente é diretor do Instituto Paulo Freire, que desenvolve inúmeros projetos de educação popular.

Kyra Piscitelli - Assessora de Imprensa da Revista Caros Amigos

Leia parte da entrevista com o educador, no link: http://carosamigos.terra.com.br/index_site.php?pag=revista&id=138&iditens=482