A Inclusão do Disléxico na Escola - 25/11/2009
Marina S. Rodrigues Almeida
É na escola que a dislexia, de fato, aparece. Há disléxicos que revelam suas dificuldades em outros ambientes e situações, mas nenhum deles se compara à escola, local onde a leitura e a escrita são permanentemente utilizadas e, sobretudo, valorizadas.
Sempre houve disléxicos nas escolas. Entretanto, a escola que conhecemos certamente não foi feita para o disléxico. Objetivos, conteúdos, metodologias, organização, funcionamento e avaliação nada têm a ver com ele. Não é por acaso que muitos portadores de dislexia não sobrevivem à escola e são por ela preteridos. E os que conseguem resistir a ela e diplomar-se fazem-no, astuciosa e corajosamente, por meio de artifícios, que lhes permitem driblar o tempo, os modelos, as exigências burocráticas, as cobranças dos professores, as humilhações sofridas e, principalmente, as notas.
Mudanças na Forma de Avaliar a Criança Disléxica
Propomos as seguintes possibilidades:
1. Provas escritas, de caráter operatório, contendo questões objetivas e/ou dissertativas, realizadas individualmente e/ou em grupo, sem ou com consulta a qualquer fonte.
2. Provas orais, através de discurso ou arguições, realizadas individualmente ou em grupo, sem ou com consulta a qualquer fonte.
3. Atividades práticas, tais como trabalhos variados, produzidos e apresentados através de diferentes expressões e linguagens, envolvendo estudo, pesquisa, criatividade e experiências práticas, realizados individualmente ou em grupo, intra ou extraclasse.
4. Observação de comportamentos, tendo por base os valores e as atitudes identificados nos objetivos da escola (solidariedade, participação, responsabilidade, disciplina e ética).
A experiência tem demonstrado a necessidade de se manter a comunidade educativa permanentemente informada a respeito da dislexia. Informações sobre eventos que tratam do assunto e seus resultados, desempenho dos alunos portadores de dislexia, características da síndrome, maneiras de ajudar o aluno disléxico na escola etc. Ações de informações podem facilmente ser veiculadas em reuniões da escola, com pais e por meio de cartazes, informativos internos, folders sobre o assunto etc.
Não é necessário que alunos disléxicos fiquem em classe especial. Alunos disléxicos têm muito a oferecer para os colegas e muito a receber deles. Essa troca de humores e de saberes, além de afetos, competências e habilidades só faz crescer a amizade, a cooperação e a solidariedade.
O diagnóstico de dislexia traz quase sempre indicação para acompanhamento específico em uma ou mais áreas profissionais (fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia, dentre outros especialistas), de acordo com o tipo e nível de dislexia constatados. Assim sendo, a escola procura assegurar, desde logo, os canais de comunicação com o(s) profissional(is) envolvido(s), tendo em vista a troca de experiências e de informações.
Marina S. Rodrigues Almeida
Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga.
Consultório de Psicologia: Rua Jacob Emmerich, 365 - conj. 16 - Centro - S. Vicente-SP.
Instituto Inclusão Brasil - São Vicente -SP.
http://inclusaobrasil.blogspot.com/
inclusao.brasil@iron.com.br
(13) 34695176.
Para saber mais, acesse o link do Inclusão Brasil: http://inclusaobrasil.blogspot.com/2008/08/incluso-da-criana-dislxica-na-escola.html
1 celinny -
ooii preciso citar esse artigoo..ele é de quem, afinal? o.O
03/11/2011 12:30:24
2 Prof. Mario Angelo Braggio - São Paulo
Marina, você apresenta o texto acima como seu. Na realidade ele é meu. Peçolhe que o credite a mim ou o exclua. Estou disposto a utilizar a legislação disponível para casos dessa natureza.
Prof. Mario Angelo Braggio, orientador educacional, psicopedaggo e psicomotricista
Sóciofundador da ABD Associação Brasileira de Dislexia
Exdiretor e exconselheiro dessa mesma Associação
16/07/2011 10:31:42
3 MARCIA ALVES CORDEIRO - Bertioga
O ARTIGO NOS MOSTRA UMA REALIDADE AINDA,INFELIZMENTE, EXISTENTE NO BRASIL, A CRIANÇA DISLÉXICA É UM ENIGMA A SER DESVENDADO POR MUITOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO´POIS MUITOS SÃO ROTULADOS, COMO DESINTERESSADOS OU MESMOS BURROS`, QUANDO NA VERDADE SÓ PRECISAM DE UM APOIO OU DIRECIONAMENTO, PARA UMA BOA APRENDIZAGEM, NÓS EDUCADORES NECESSITAMOS DE UM APOIO PEDAGÓGICO MAIS AMPLO,VISANDO ADEQUAR ESSA CRIANÇA A UM AMBIENTE EDUCACIONAL MAIS SAUDÁVEL.
02/12/2009 10:58:03
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