E o Nobel da Paz vai para... Barack Obama! - 13/10/2009
Por que tão cedo? Não foi prematuro?
O presidente americano Barack Obama foi escolhido para ganhar uma das maiores e mais importantes láureas mundiais, o prêmio Nobel da Paz. Desde que ganhou as prévias democratas, superando a forte candidata Hillary Clinton, a quem levou para sua equipe de governo, em atitude louvável e demonstrativa de seu caráter e valores, Obama tem surpreendido ao planeta em vários aspectos.
Certamente a eleição deste afro-americano, que viveu em diferentes partes do planeta, com raízes tanto nos Estados Unidos quanto no continente negro, já foi uma surpresa para muitas pessoas e ajudou a melhorar, desde àquele momento, a deteriorada imagem da mais rica nação do mundo depois de dois mandatos consecutivos do republicano George W. Bush.
Mas Obama sabe que o desafio que tem pela frente, assim como as cobranças de seu próprio povo, assolado pelas pesadas consequências da crise econômica mundial ali surgida (com a especulação imobiliária e o ímpeto consumista que gerou enormes déficits e a falência de bancos e empresas), exigiriam dele uma postura diferente não apenas por ser democrata ou por ter se tornado o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos.
Por isso mesmo criou possibilidades de intercâmbio cultural e comercial, abriu as portas da Casa Branca a vários países (entre os quais os emergentes, com destaque para o Brasil), está empenhado em fazer com que seu país deixe de atuar como "polícia" do mundo e saia de áreas em que estão instalados seus soldados (como o Oriente Médio, por exemplo), está moralizando o tratamento aos presos em Guantánamo (base militar americana em Cuba, na qual estão vários presos políticos, inclusive, mulçumanos relacionados aos ataques de 11/09/2001), pretende reformular o sistema de saúde americano, injetou dinheiro na economia para recuperar empregos e o poder aquisito...
É certo que os desafios ainda estão no começo e que, queiramos ou não admitir, as tropas americanas ainda encontram-se espalhadas pelos quatro cantos do mundo, mas apenas a disposição de mudança demonstrada por Obama, vontade esta que tem sido acompanhada de medidas e ações que em alguns anos podem e, esperamos, devem reverter diversas situações delicadas da política mundial - como as questões relativas ao Oriente Médio - e mesmo do cenário político, social e econômico de seu próprio país - já lhe garantem destaque na história deste recém-inaugurado século XXI.
Se o prêmio Nobel da Paz foi merecido ou não, cabe a cada um julgar e avaliar os méritos e as ações do presidente dos Estados Unidos, mas que certamente tudo mudou desde que ele chegou lá, isto é certo...
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