Deficiência intelectual e a Síndrome de Down - 24/07/2009
A deficiência intelectual em indivíduos com síndrome de Down é consequência de privação cultural, não uma determinação genética
Quando nasce uma pessoa com trissomia do cromossomo 21, o fenótipo característico (crânio com diminuição do diâmetro ântero-posterior, pregas epicantais, falanges curtas, espaços alargados entre primeiro e segundo dedos, e outros achados) geralmente leva ao diagnóstico de Síndrome de Down. Ao momento em que o fato é comunicado aos pais, predições prognósticas pessimistas em relação ao desenvolvimento intelectual e saúde em geral são incluídas na informação oferecida.
A nossa proposição é a de que o “retardo mental moderado a severo”, geralmente incluído nas descrições médicas da síndrome não é determinado pela estrutura genética da pessoa trissômica, mas é produto da privação cultural.
Esta proposição é bem suportada por três linhas de evidência, que serão apresentadas em sequência. Primeiro, será mostrado que os indivíduos com síndrome de Down são geralmente expostos a uma educação sem significado, culturalmente vazia, que impede o desenvolvimento de processos psicológicos superiores. Segundo, será demonstrado que o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores são dependentes de um contexto culturalmente rico. Na visão de Vigotski, esses processos psicológicos representam a aquisição pelo indivíduo das ferramentas culturais. Terceiro, será mostrado que as mudanças de atitude em relação as pessoas com síndrome de Down realmente propriciam resultados antes impensáveis em seu desenvolvimento cognitivo.
Pessoas com síndrome de Down são geralmente expostas a um contexto culturalmente pobre. A síndrome de Down pode ser diagnosticada tanto no período pré-natal, como após o nascimento. Reações das mães (e também dos pais) à notícia são mais frequentemente negativas do que positivas e a aceitação da criança e o vínculo entre mãe e filho ou filha pode demorar a se estabelecer (Skotko, 2005 - DOI: 10.1542/peds.2004-0928 – http://pediatrics.aappublications.org/cgi/reprint/115/1/64)
Gil Pena
Para saber mais, acesse o Blog Disdeficiência: http://blog.disdeficiencia.net/2009/07/05/a-deficiencia-intelectual-em-individuos-com-sindrome-de-down-e-consequencia-de-privacao-cultural-nao-uma-determinacao-genetica/
1 Cléia Monteiro Lima - InhangapiPará
Sou Cléia, mãe de um menino de seis anos com síndrome de down. meu menino vem se desenvolvendo com sucesso , frequenta escola, acessa computador e video game como qualquer criança de sua idade, sua maior dificuldade é a fala bem pouco apesar de estar com sessões de fono. Quanto a dentição também ocorreu naturalmente. Irei participar nos dias 4,5 e 6 do II forúm estadual de pessoas com deficiência em Belém do Pará, quero aprender e lutar pela melhoria das pessoas com deficiência.abraços.03/09/12
03/09/2012 13:49:38
2 evaldo de figueiredo - suzano/sp
eu tenho uma menina de um ano de idade com sindrome de down, e a minha primeira preocupação eh o nao nascimento dos dentes, e a demora de gatinhar e caminhar e tambem no falar, realmente apesar de estar sendo cuidada por psicologos e fisioteraupetas da APAE da cidade e de sao paulo, assim mesmo a minha preocupação eh muito grande.
Eu poderia quem sabe receber conselhos de alguem deste blog, sobre esta situação, sei que vou lutar pela filha com este problema, para que amenize as situações que poderão ocorrer no futuro, mas assim mesmo preciso de alguma sugestao e informes sobre o caso dela..............
obrigado a todos...abçs.
14/06/2012 12:44:29
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