Vai Encarar? - 01/07/2009
A nação (quase) invisível de pessoas com deficiência
Livro dá dicas sobre melhor maneira de receber deficientes.
Como preparar melhor a casa para a visita de um cego? Como falar com um surdo sem dificultar a leitura labial? É preciso orientar as crianças antes de recepcionar um paraplégico? Autora de 11 livros de etiqueta e comportamento, a consultora Claudia Matarazzo lançou em junho o livro "Vai Encarar? - O Mundo (Quase) Invisível de Pessoas com Deficiência" pela editora Melhoramentos, com dicas para algumas das situações descritas acima. Os textos têm como base entrevistas com cadeirantes, surdos, anões, cegos e pessoas com outros tipos de restrições. Alguns deles ganharam perfis na obra, nos quais contam suas histórias. Seus relatos e opiniões contribuem também para capítulos que falam de tópicos como sexo e moda.
A principal consultora é a vereadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que tem sua participação creditada na capa da obra. Tetraplégica após um acidente de carro, ela diz que é preciso quebrar o gelo na convivência. "Todos os dias, muitas pessoas esticam a mão para me cumprimentar, sem saber que não mexo os braços. A pessoa fica constrangida achando que deu uma gafe enorme, mas para mim não é problema nenhum. Prefiro que não fiquem com medo de se aproximar", diz ela.
"Barreira antecipada".
Para a autora, preparar a casa para receber quem tem deficiência não significa "fazer um cavalo de batalha", mas ser atencioso e gentil, como para qualquer outro convidado. Uma das dicas é não sufocar a curiosidade natural das crianças, proibindo que elas interajam com o convidado. "O menor dos problemas de uma pessoa com deficiência é responder às eventuais perguntas de uma criança [...]. Deixe que conversem e, depois, se perceber que o pequeno está sendo inconveniente, intervenha. Mas nunca antes, criando uma barreira antecipada", diz um dos capítulos. A publicação é acompanhada por audiolivro para deficientes visuais, narrado pela autora.
Fonte: Livro acessível (http://www.livroacessivel.org/livro-da-dicas-para-receber-deficientes.php)
1 rosemary cardoso dias pinheiro - lençóis paulista
nossas crianças ainda não estão acostumadas com as diferenças, é deixando que interajam com as deficiencias que elas crescerão melhores que nós, mais humanos e gentis. nossa sociedade está acostumada a proteger, antes de tentar entender o outro.
01/07/2009 11:02:06
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