A terra dos perdidos - 31/03/2009
Capítulo VIII
Após caminharem cerca de uma hora por veredas abertas na mata pelos animais e transpor uma pequena montanha, o grupo chegou a um vale...
Pat Vision - Olhem, meninas... sai fumaça daquela montanha!
Marlene - Deve ser um vulcão!
Malu - Vamos até lá!
Ezequiel - E se o bicho entrar em erupção?
Dudinha - Deixe de falar bobagem, garoto!
Sílvia - Ele tem razão, Dudinha!
Evangel - O vulcão vai entrar em erupção só porque um bando de cegos está invadindo seu território! Hahahahahaha!
Ezequiel - Não é por isso, mas poderia, né?
Antonio José - Claro que poderia, Ezequiel, mas não acho que vá acontecer!
Nice - Acho bom a gente sair daqui!
Aline - Eu também acho... não quero virar churrasco!
Renato - Não esqueçam que estamos a oeste do nosso ponto de partida!
Ricardo - E o que isso tem a ver com o vulcão?
Renato - Eu não sei, mas o autor achou por bem me dar essa fala!
Evangel - Se falarmos todas as bobagens que esse autor escreve, estamos lenhados! Hahahahaha!
- Hahahaha hehehehe hihihihi hohohoho rárárárá rêrêrêrê riririri kkkk!
Quase todos riram...
Nelita - Eu não achei graça!
Luís - Nem eu! O melhor é irmos ao vulcão ao invés de ficarmos fazendo conjeturas!
Nelita - Também acho! Vamos lá!
Evangel - Dona Maria irritou-se! Hahahahaha!
Luís - Fique quieto!
Evangel - O Velho também se irritou! Hahahahaha!
Pat Vision - Vamos organizar o trenzinho, gente!
Malu - É isso aí, Pat!
E o grupo voltou a caminhar, dirigindo-se à montanha do vulcão...
Nelita - Não há muita diferença entre este lugar e o de ontem!
Marlene - Mato é tudo igual!
Pat Vision - Como lá, aqui também tem muitas árvores frutíferas!
Malu - Mas lá também tinha um canavial?
Nelita - Eu não vi, mas tinha laranjeiras, videiras, abacateiros, goiabeiras, mangueiras e outras espécies de árvores frutíferas!
Pat Vision - Eu vi melões, mamoeiros, melancias... e um bocado de plantas interessantes!
Nelita - Também vimos lebres, raposas, pombos, papagaios e muitas outras espécies de aves!
Evangel - Fome eu sei que não passo!
Luís - Do jeito que você come, nós é que passaremos fome! Hahahahaha!
Ezequiel - Pegou ar, mas rimou! Hahahahaha!
Depois de uma hora de caminhada, o grupo iniciava a subida da escarpa que os levaria à cratera do vulcão...
Nice - Que fedor!
Evangel - É você que ainda não tomou banho, seu Velho!
Aline - Desde que essa novelinha começou, ninguém aqui tomou banho!
Luís - Não se preocupem... quando voltarmos todos que queiram tomarão banho!
Meia hora de subida e palmo e meio de língua pra fora, o grupo chegava à boca do vulcão...
Malu - Dá pra descer e chegar pertinho da fenda! Quem se aventura?
Luís - Eu vou descer... quero fazer um teste!
Sílvia - Se aqui já tá quente, imagine lá!
Marlene - Deve estar quente pra chuchu, mas eu vou lá ver!
Nelita - Eu vou com você, Luís!
Malu - Mais alguém quer descer?
Evangel - Se o Velho vai, eu também vou!
Pat Vision - Eu também vou descer!
Ezequiel - Eu irei com vocês!
Dudinha - Fica quieto, garoto!
Ezequiel - Eu não... quero pegar um pouco de ar... quente! Hahahahaha!
Enquanto os demais membros do grupo ficaram aguardando na borda da cratera, os sete desceram até a fenda. Esta tinha cerca de trinta centímetros de diâmetro, expelia uma coluna fina de fumaça e em seu interior via-se o borbulhar de lava fervendo. O calor era intenso, mais os sete ousados chegaram a cerca de um passo da fenda...
Malu - Que maravilha!
Marlene - Dá pra cozinhar qualquer coisa! Hahahahaha!
Luís - Foi isso que vim averiguar, Marlene!
Evangel - Só que parece ser um pouco longe de onde estamos!
Nelita - Se ficarmos no vale que estivemos ontem, estaremos bem perto daqui!
Luís - Como você sabe disso?
Nelita - Lá da borda da cratera eu vi as grutas que descobrimos ontem!
Malu - Então deve haver um caminho que seja mais rápido para chegarmos aqui!
Nelita - Lá de cima se avista a praia e o vale que fomos ontem!
Pat Vision - Se descermos pelo outro lado, chegaremos lá!
Luís - Então façamos assim!
Malu - Vamos subir e pegar o restante do pessoal!
E assim foi feito. Guiado por Malu, Nelita e Pat Vision, o grupo foi até o outro lado da cratera e iniciou a descida por uma senda que descobriram na escarpa do morro...
Nelita - Olha ali, gente... cabras e bodes!
Evangel - Oba! Carne não vai faltar! Hahahahaha!
Ezequiel - Você tem é que comer frutas, Evangel!
Evangel - Desde que pousamos nessa ilha é só o que tenho comido! Quero carne... carne... carne!
Luís - O cara é um animal carnívoro! Hahahahaha!
Evangel - Não esqueçam que tem muita ave por aí que é um bom petisco! Hahahaha!
Luís - É mesmo... a gente pode comer um pardalzinho! Hahahahaha!
Evangel - Você vai comer é um jegue, seu Velho!
Após uns quinze minutos de descida, estavam no vale que haviam visitado no dia anterior...
Nelita - Olhem... um gêiser!
Pat Vision - Ali tem mais alguns!
Marlene - Que bom... água quente para o banho! Hahahahahaha!
Luís - Boa pedida, Marlene! Hahahahaha!
Pat Vision - Mas ontem não vimos nenhum!
Nelita - Esqueceu que viemos por outro caminho?
Pat Vision - É mesmo!
Nelita - Para quem não sabe, o vale que vamos morar é aqui!
Luís - Nelita, vamos até as cavernas!
Nelita - Elas estão logo ali, naquele paredão!
Pat Vision - Pelo que vi lá de cima, a praia está por trás desse paredão, Nelita!
Nelita - É isso mesmo. Se formos beirando o rio, chegaremos na praia!
Marlene - Eu quero ir até o rio!
Nelita - Logo estaremos lá, Marlene!
Mais cinco minutos de caminhada e estavam todos sentados na relva que margeava o rio, sob a sombra de algumas árvores...
Sílvia - Que brisa deliciosa!
Antonio José - Vou deitar um pouquinho!
Evangel - Ninguém vai comer nada? Tô faminto!
Pat Vision - Evangel... vou buscar alguma coisa para comermos! Venha comigo!
Ezequiel - Eu também vou, Pat!
Pat Vision - Pode vir, Ezequiel!
E Pat, guiando os dois, saiu em busca de algum alimento...
Malu - Pelo visto, esse vale é o local mais apropriado para ficarmos!
Nelita - Também acho! Temos água, podemos nos proteger da chuva, dos animais ferozes e temos o que comer!
Luís - Acho que as meninas têm razão! O que vocês acham?
Marlene - Quem tá na chuva é pra se queimar, né? Hahahahahaha!
Antonio José - Acho que seja uma decisão sensata!
Sílvia - Se as meninas que enxergam acham que aqui seja o melhor lugar para ficarmos, concordo com elas!
Dudinha - Eu estou de acordo!
Luís - E os demais, o que acham da ideia de nos estabelecermos por aqui?
Renato - Acho que é isso mesmo!
Ricardo - Eu fico com a maioria!
Nice - Como disse Sílvia, se as meninas acham que aqui está ótimo, sou a favor!
Aline - Tô com vocês!
Luís - Creio que o pessoal que ficou no avião irá concordar com a escolha!
Malu - Lá é que não podemos ficar, certo?
Nelita - É isso mesmo!
Logo Pat Vision, Evangel e Ezequiel chegavam trazendo alguns cachos de uva e distribuía entre o pessoal. Após empanturrar-se de uvas, o povo deitou-se na relva curtindo a brisa que soprava...
Luís - Nelita, vamos até as cavernas?
Nelita - Vamos! Alguém mais quer ir?
Marlene - Eu irei com vocês!
Nelita - Mais alguém?
Como o povo ficasse calado, Nelita levantou-se, pegou Luís e Marlene e iniciou a caminhada até o paredão. Subiram uma ribanceira e logo eles estavam num pequeno platô...
Nelita - Aqui estão as cavernas!
Luís - Quantas deve ter, Nelita?
Nelita - Acho que tem umas nove!
Marlene - Vamos explorar algumas!
Luís - A ideia é esta, Marlene! Vamos primeiro naquela que você acha que seja a maior, Nelita!
Nelita - Tudo bem! Vamos ver primeiro as da direita!
Eles andaram um pouco e entraram numa das cavernas...
Luís - Nelita, eu quero andar de uma parede a outra para ter ideia da largura!
Nelita - Certo!
Marlene - Eu estou vendo que esta é bem alta!
Nelita - Se não me engano, é também a maior!
Luís - Se não tem estalagmite no piso, também não terá estalactite no teto da caverna... ótimo!
Nelita - E daí?
Luís - Daí que, se chover, não nos molharemos!
Nelita - As que passamos também não tinham essa tal de estalagmite!
Marlene - Maravilha! Isto significa que teremos excelentes "casas"!
Luís - Nelita, veja se tem teias de aranhas nos cantos do teto e se há cocô de morcego no chão!
Nelita - Tem algumas teias, mas nenhum cocô no chão!
Luís - Isso é bom!
Nelita - Por quê?
Marlene - Porque também não deve ter baratas! Argh!
Luís - Vamos entrar mais um pouco, Nelita!
Nelita deu o ombro a Luís e Marlene os seguiu. Eles entraram uns cinco metros e começaram a descer um pequeno declive. Mais uns oito metros e Nelita parou. Embora estivesse um pouco escuro, deu para ela ver que havia água à frente...
Nelita - A caverna acaba aqui. Na nossa frente tem um pequeno lago!
Luís - Vamos até a beira da água, Nelita!
Nelita fez o que Luís pediu. Ele se abaixou e, com a mão em concha, pegou um pouco de água e levou até a boca, provando-a...
Nelita - Você tem coragem de provar essa água?
Luís - Por que não? A água é morna e parece potável!
Marlene - Eu também quero provar!
E Marlene fez o mesmo que Luís...
Marlene - A água é boa para consumo... só é quente!
Luís - Nelita, você consegue ver o fundo desse lago?
Nelita - Até onde enxergo, parece que sim!
Luís - Amanhã eu trarei uma sunga... vou entrar nesse lago!
Nelita - Você é maluco?
Luís - Não tem perigo... eu sei nadar! Hahahahaha! Nelita, veja se no teto tem alguma estalactite!
Nelita - Parece que não!
Luís - Então este lago deve ser um rio subterrâneo!
Marlene - Então é provável que exista também nas outras cavernas!
Luís - Tenho quase certeza!
Nelita - Acho melhor retornarmos pra junto do pessoal!
Luís - Vamos lá! Amanhã voltarei aqui!
Eles saíram da caverna, desceram a ribanceira e logo estavam junto ao povo que ficara na beira do rio...
Luís - Voltamos, pessoal!
Pat Vision - Viu as cavernas?
Luís - Vi... e já escolhi a minha!
Marlene - Eu serei sua hóspede, Luís!
Luís - Ali dá pra morar pelo menos umas cinco pessoas!
Malu - Gente, já são quase quatro horas da tarde... acho bom voltarmos pro avião!
Nelita - Podemos ir beirando o rio e chegaremos lá pela praia!
Pat Vision - Acho uma excelente ideia!
Luís - Então vamos logo!
Nelita - Quem quiser beber água, é só chegar até a margem do rio... a água é fresquinha!
Formou-se, mais uma vez, três trenzinhos. Alguns pararam para beber água e depois todos empreenderam a viagem de volta ao avião. Em questão de minutos estavam andando pelas areias da praia...
Malu - Vejam... algumas tartarugas usam essa praia para desova!
Evangel - Tartaruga é um bom prato... e os ovos também!
Sílvia - Poxa, Evangel... nem as tartaruguinhas escapam da sua gula? Hahahahaha!
Nelita - São tartarugas grandes, gente!
Luís - Nisso concordo com o Evangel, afinal, temos que nos alimentar, né?
Antonio José - É isso aí... temos que ver todas as possibilidades de sobrevivência!
Marlene - É verdade, afinal, não sabemos o que se passa na cabeça do autor dessa novelinha, não é?
Evangel - Esse Velho é cheio de surpresas!
Ezequiel - Eu é que não como esse bicho!
Nelita - A gente terá que comer o que aparecer... embora eu prefira as frutas!
Pat Vision - Olha lá o avião!
Como a tarde morria, o sol já pintava o céu com seu magnífico colorido quando eles chegaram junto ao avião...
Fim deste capítulo.
Fonte: http://www.raphaelgomes.vanmix.com/artigos/noticias/1135
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