A terra dos perdidos - 16/03/2009
Capítulo VI
A primeira providência do piloto foi acalmar os passageiros...
Luís (ao microfone) - Olá, pessoal! Graças às minhas habilidades como aeromodelista e à inestimável ajuda de Nelita, consegui pousar esta velharia! Podem soltar os cintos e reclinar as poltronas!
Assim que Luís e Nelita chegaram à cabine de passageiros, foram recebidos com palmas, gritos de viva e cantoria...
Todos - PLAC PLAC PLAC! VIVA VIVA VIVA! PLAC PLAC PLAC! Luís é bom companheiro, Luís é bom companheiro, Luís é bom companheirooooooo... ninguém pode negar! PLAC PLAC PLAC! VIVA VIVA VIVA! PLAC PLAC PLAC!
Luís - Obrigado, obrigado! Eu sei que sou demais, mas a Nelita também tem seus méritos!
Todos - PLAC PLAC PLAC! VIVA VIVA VIVA! PLAC PLAC PLAC! Nelita é boa companheira, Nelita é boa companheira, Nelita é boa companheiraaaaa... ninguém pode negar! PLAC PLAC PLAC! VIVA VIVA VIVA! PLAC PLAC PLAC!
Nelita - Obrigada, gente! Estou sem palavras...
Luís - Ótimo, Nelita! Assim a gente adianta as coisas! Bem, pessoal! Vamos abrir as portas e dar uma olhada lá fora! Aeromoças... cuidem disso, sim?
Malu - Faremos isso agora mesmo, Comandante Luís!
E as aeromoças foram abrir as portas da aeronave. Alguns minutos depois Nazaré veio ao encontro de Luís...
Nazaré - Luís... tem uns caras da Caixa Econômica Federal aí fora procurando o autor dessa novelinha!
Evangel - Puxa! Esses caras não perdem tempo!
Rebeca - Será que querem patrocinar sua novelinha, Luís?
Audaí - Será que vieram apreender o avião por falta de pagamento?
Madréa - Acho que vieram vender alguns imóveis pra gente!
Marlene - Mas a gente ainda nem desembarcou!
Luís - Não é nada disso, amigos! Esse pessoal é da CEF - Central de Efeitos Fictícios que contratei para colocar um tapete de asfalto sob a areia dessa praia para que pousássemos em segurança!
Evangel - Só porque eu falei que não havia como pousar na areia, não foi, seu velho?
Luís - Foi! Você acha que eu perderia a chance de calar sua boca?
Evangel - Sua sorte é que isso aqui é uma novelinha, aliás, muito da mixuruca, por sinal!
Luís - Mixuruca é seu salário!
Marilza - Calma, rapazes! Vamos levar essa novelinha a bom termo!
Malu - Também acho!
Margô - Luís... os caras querem que desembarquemos para que eles possam empurrar o avião e tirar o tapete de asfalto!
Luís - Vocês ouviram... vamos descer, cambada!
Sílvia - Por qual escada?
Stella - Eles trouxeram duas escadas e já estão nos lugares!
Pat Vision - Vamos lá, gente... fazendo o trenzinho!
E, um a um, os passageiros desembarcaram. Uma vez lá embaixo, as aeromoças levaram a cegaiada para uma sombra sob alguns coqueiros. Os homens da CEF empurraram o avião, tiraram o tapete de asfalto e o enrolaram, colocando-o num grande helicóptero que os aguardava ...
- Senhor Luís... aqui está a fatura! Vai pagar em espécie ou vai pôr no cartão?
Luís - No cartão! Margô, resolva isso! Aqui está minha carteira!
Margô - Coloca em qual cartão?
Luís - Ponha no Virtual Card!
Margô resolveu tudo e o helicóptero da CEF alçou voo levando os homens e o tapete de asfalto em seu interior...
Ezequiel - Essa agora eu não entendi!
Dudinha - Você não entende nada mesmo, garoto!
Danilo - O que você não entendeu, Ezeq?
Ezequiel - Esse helicóptero foi embora e nos deixou aqui!
Danilo - Ora, Ezeq... se a gente fosse no helicóptero essa novelinha acabaria logo!
Evangel - E o velho não poderia mais encher linguiça contando essas besteiras que conta em suas novelinhas! Hahahahaha!
Marlene - Mas que todo mundo gosta de ler, né, Evangel? Hahahahahaha!
Evangel - Porque queremos prestigiar o cara, né, Marlene? Hahahahaha!
Luís - Vai procurar sua turma, Evangel!
Evangel - Eu estou aqui com minha turma... pelo menos, em parte!
Ezequiel - Pegou ar! Hahahahahaha!
Luís - Calma, Evangel... estou falando dos diálogos! Hahahahahaha!
Danilo - Aí a coisa pega! Hahahahaha!
Ezequiel - Tudo está muito bom, mas eu estou com fome!
Dudinha - Fica quieto, Ezequiel!
Evangel - É isso mesmo, Dudinha! Que hora sai o rango, gente?
Malu - Sinto dizer a vocês que no avião não tem mais comida...
Pat Vision - E nem bebida!
Caldeira - E essa agora?
Stella - Tenho certeza que não passaremos fome! Há muitas árvores frutíferas por aqui!
Enquanto essa discussão rolava, no outro lado Margô foi chamada por Andréa...
Andréa - Margô, preciso pegar a Babi!
Margô - O quê? Que Babi?
Andréa - Minha cadelinha! Ela está no compartimento de bagagem!
Patricinha - E o Shopsom também, Margô!
Luís - Vocês trouxeram seus animais de estimação?
Andréa - Claro! Você acha que eu iria ficar longe dela tanto tempo?
Patricinha - Eu também não gosto de ficar longe do Shopsoms por muitos dias!
Luís - Mas a gente ia passar só alguns dias...
Rebeca - Conte outra, Luís! Quem lê suas novelinhas sabe como você demora para escrever os capítulos, Lindinho!
Luís - Ô língua! Isso não vem ao caso!
Andréa - Como não? Nem por horas gosto de me afastar da Babi!
Patricinha - Nem eu do meu Shompsom!
Margô - Luís, agora não tem mais jeito! Vou soltar os bichinhos!
Andréa e Patricinha - Nós iremos com você, Margô!
E Margô, acompanhada por Andréa e Patricinha, foi até ao avião. Pegou a escada e a colocou diante da porta do compartimento de carga. Abriu a porta e entrou...
Margô - Aqui, Babi... aqui, cachorrinha!
Babi - Au au au!
E a cadelinha correu em direção à Margô e foi carregada por esta. Margô desceu a escada e a entregou para Andréa. ..
Andréa - Oh, Babi... quanta saudade!
Babi - Au! Au! - latiu a cadelinha, abanando o rabo de alegria.
Margô - Agora vou buscar o gato!
Voltou a subir a escada e a entrar no bagageiro...
Margô - Aqui, Shompsom... aqui, gatinho!
Shompsom - Miau! Miau!
O gatinho correu na direção de Margô que o pegou nos braços e desceu a escada e o entregou para Patricinha...
Patricinha - Oh, Shompsom... quanta saudade!
Shompsom - Miau! - respondeu o gato aninhando-se nos braços de sua dona.
Margô - Vou deixar a porta aberta para depois virmos pegar nossas bagagens! Mas isso aqui está uma zona... a maior bagunça!
Andréa - Como assim, Margô?
Margô - Tem mala caída pra tudo que é lado... e ainda tem uns fios soltos! Vamos voltar pra junto do povo!
Margô voltou com as meninas pra junto do pessoal. Tanto Babi quanto Shompsom estavam nos braços de suas donas e ficaram quietinhos...
Malu - Luís, o povo está reclamando por comida
Luís - Essa gente só pensa em comer!
Wil - Saco vazio não fica em pé, ô baiano!
Antonio José - E quem fica calado não diz a que veio!
Luís - Margô, vê se resolve mais esta!
Margô - É o seguinte, gente: eu, Pat Vision, Nazaré e Nelita sairemos atrás do que comer. Stella e Malu ficam aqui com vocês!
Mergulhador - Ainda bem que ficamos na sombra!
Marlene - Meninas, vejam também se acham água potável!
Pat Vision - Lembrou bem, Marlene. Vou com Nelita no avião pegar umas garrafas vazias para trazer água!
Margô - Depois vocês nos seguem! Iremos por ali! - disse apontando.
Nelita - Certo, Margô!
Meia hora depois as meninas estavam de volta trazendo frutas e água. O alimento foi dividido irmanamente por elas e todos saciaram a fome e a sede. Alguns, recostados nos coqueiros, já tiravam um cochilo...
Luís - Bem, pessoal, segundo Nelita, isso aqui é uma ilha e como já percebemos, tem um clima tropical! Agora alguns de nós irão com as meninas explorar os arredores e...
Pat Vision - Aqui perto está a foz de um rio de águas límpidas!
Margô - Tem uma variedade incrível de frutas e plantas comestíveis!
Stella - Além desses coqueiros aqui!
Nazaré - Acho que podemos fazer nosso acampamento aqui mesmo!
Luís - Acho uma boa ideia!
Marlene - E dormiremos onde? Aqui tem algum hotel cinco estrelas?
Margô - De cinco, não, Marlene, mas de milhares! Hahahahaha!
Andréa - É isso aí, Marlene! Vamos dormir ao relento?
Luís - Temos duas opções: dormir no avião ou aqui fora! É só escolher!
Nelita - Quem quiser ir conosco explorar a ilha, levante o braço!
Pat Vision - Antonio José, Audaí, Evangel, Luís, Marilza,, Sílvia,...
Margô - Acho que está bom assim!
Malu - Eu ficarei aqui com o resto do pessoal!
Stella - Eu também!
Luís - Então vamos lá!
Margô levou Antonio José; Pat Vision guiava Luís; Nazaré era puxada por Evangel e Nelita vinha atrás com Sílvia. Logo o grupo desapareceu entre as árvores. No acampamento a conversa continuava...
Edson Música - Eu não ficarei aqui! Vou me mandar! Alguém quer ir comigo?
Rita Mendes - Eu topo!
Salvador - Nós também iremos, né, Lígia?
Lígia - Claro, Sal!
Reinaldo - Eu também vou me mandar!
Elaine - Se você for, Paizão, eu vou com você!
Reinaldo - Certo, Elaine!
Ezequiel - E como vocês irão? Nadando? Hahahahaha!
Dudinha - Cala a boca, garoto!
Edson Música - Esse autorzinho dará um jeito, Ezequiel!
Ezequiel - Será? Cuidado que ele pode jogá-los aos tubarões! Hahahaha!
Dudinha - Deixa de viajar na maionese, garoto!
Danilo - Nunca se sabe o que acontece na cabeça de um autor, Ezeq!
Ezequiel - Ainda mais na do Luís! Hahahahahahaha!
Caldeira - Será que tem algum boteco por aqui, Francisco?
Francisco - Deixe o povo voltar que a gente pergunta!
Abílio - Se não tiver um boteco por aqui a gente inventa!
Andréa - Droga! Meu celular descarregou!
Marlene - O meu também!
Patricinha - Andréa, segure a Babi... ela está rosnando pro Shompsom!
Andréa - Ela só quer brincar com seu gatinho, Patricinha!
Patricinha - Rosnando desse jeito?
Andréa - Ela é mansa, Pat!
Patricinha - Imagine se fosse brava, né, Déa?
Marilza - Essa sombrinha está uma delícia!
Audaí - Tá dando é sono!
Érica - Eu já tô cochilando!
Mila - E eu também! Uauuuuuu!
Luzia, Marcão, Madréa, Nice e Virgínia já roncavam, recostadas nos coqueiros. Devair, Samira, Ricardo, Renato, Tiago, Caco, Joaquim, Ana Lúcia, Aline, Carmem, Rita Gonçalves, Leonardo, Mergulhador e Wil levados num "trenzinho" por Stella, foram deitar-se dentro do avião. Danilo, Ednilson e Marlene Garcia conversavam com Rebeca sob a sombra duma mangueira...
Fim deste capítulo.
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