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João Luís de Almeida Machado é consultor em Educação e Inovação, Doutor e Mestre em Educação, historiador, pesquisador e escritor.

Coragem, obstinação e conquistas – Os Caminhos da Ciência -
A Sociedade para o Progresso da Ciência e a Ciência Hoje

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www.uol.com.br/cienciahoje

Uma das maiores críticas que se faz ao Brasil refere-se aos baixos investimentos feitos na área de Ciência e Tecnologia. Tal crítica confere com a realidade. Excetuando-se alguns institutos de pesquisa privilegiados por investimentos governamentais em áreas fundamentais, normalmente relacionados a filões de mercado extremamente lucrativos (e que, por esse motivo contam com a liberação de polpudas verbas por parte do próprio governo ou da iniciativa privada), o que se vê é uma morosidade incrível para um país que pretende compor a vanguarda no milênio que se inicia.

Algumas universidades também investem no desenvolvimento de pesquisas que possibilitem o surgimento de novas teorias, materiais, alimentos ou recursos que permitam a melhoria da vida dos cidadãos brasileiros (e que, possam mesmo, ser produto de exportação para o mercado externo). Normalmente essa preocupação refere-se as instituições públicas, e, ultimamente, alguns grupos privados parecem dispostos a colocar algum capital em projetos de pesquisa conduzidos por cientistas brasileiros.

A simples menção a ‘cientistas brasileiros’ por vezes nos parece pouco apropriada. Refiro-me ao cidadão comum, pouco afeito a idéia de que, por menores investimentos que sejam feitos por aqui, ainda assim existem especialistas e pesquisadores formados em nosso país. Muitos, tão capacitados quanto os melhores norte-americanos, japoneses ou europeus, acabam sendo levados para trabalhar fora do Brasil. Faltam verbas, materiais, condições adequadas nos locais de trabalho, incentivo, disposição política para incrementar o trabalho desses profissionais e, em contrapartida, no exterior, esses “pormenores” são oferecidos.

Isso, obviamente afeta o estudo da ciência não apenas nas universidades mas, também, nos ensinos fundamental, médio e técnico. Os mesmos problemas estruturais que encontramos entre profissionais da pesquisa, são vivenciados pelos professores de química, biologia e física nas escolas. A Ciência é estudada com base em textos (alguns dos quais obsoletos, ultrapassados), em aulas expositivas que pouco atraem a atenção dos jovens e crianças e sem base em experimentação (trabalho em laboratórios). Como esperar que a situação da pesquisa altere-se quando o futuro desse setor é totalmente comprometido na formação de base?

Pensando nisso, no final dos anos 1940 surgiu a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Na esteira do trabalho realizado por essa instituição vieram a revista Ciência Hoje (que surgiu em 1982), uma publicação voltada para o público infantil chamada Ciência Hoje das Crianças e o projeto Ciência Hoje na Escola (que resultou na criação de materiais paradidáticos na área de ciências voltado para a atuação dos professores em sala de aula).

Com o advento da internet, a possibilidade de popularizar ainda mais as publicações e as pesquisas resultou num importante site da internet, www.uol.com.br/cienciahoje, onde encontramos canais que nos ligam diretamente as referidas publicações da SBPC que permitiram divulgar um pouco da realização científica nacional, os links:- Revista Ciência Hoje, Ciência Hoje das Crianças, Ciência Hoje na Escola e, complementando, opções como Ciência em Dia, Perfis e Especiais.

Ao entrarmos na homepage do site encontramos as manchetes em destaque, apresentando artigos disponibilizados pela revista Ciência Hoje e, as novidades mostradas na publicação voltada para as crianças. Enquanto preparo esse artigo visualizo as matérias em destaque e leio algumas delas (Na Ciência Hoje são matérias sobre quasares, comparações entre os genomas de bactérias fitopatógenas, buracos negros, a arte cerâmica dos índios Tapajós, o surgimento da vida, a resenha de um novo livro sobre Einstein, o combate da poluição com bactérias e levedura; e na Ciência Hoje das Crianças destacam-se artigos sobre a Malária e a Costa Rica).

Há uma notável preocupação por parte dos responsáveis pelo material para crianças no sentido de dispor informação que seja acessível ao jovem internauta que estiver acessando o site, por isso, tenta-se diluir o linguajar utilizado, evitando termos muito complexos. Isso não significa facilitar demais ou infantilizar o conteúdo, pelo contrário, os termos adequados e fundamentais são utilizados sempre que for necessário. Na medida em que lia o artigo sobre a Malária pude perceber a utilização de ilustrações, mapas de localização da doença e links conectando a um gráfico explicativo do ciclo da malária e a um centro de informações especializado na doença.

A mesma preocupação se revelou nos artigos voltados para o público jovem e adulto, ao longo dos textos são dispostas imagens relacionadas ao tema e palavras em destaque constituindo links para explicações dadas em outros artigos, que tenham alguma relação com o estudo que está sendo apresentado.

Ao acessarmos a parte dedicada especialmente as publicações (Ciência Hoje e Ciência Hoje das Crianças) nos são mostrados os artigos que estão disponíveis nas edições que se encontram nas bancas. Alguns desses artigos são disponibilizados para a internet, outros (infelizmente), apenas nas revistas. Para a alegria dos interessados, há conexões que nos ligam as edições anteriores das publicações, preste atenção pois esses links aparecem quando acessamos a página da revista do mês, logo acima da identificação da revista (por exemplo, CHC 124 – MAIO 2002), através da palavra arquivo (a mesma situação se repete nos outros canais do site, ou sejam Perfis, Especiais e Ciência Hoje na Escola).

Entrando na conexão Ciência Hoje na Escola, novos links para artigos. Percebe-se que são voltados para o público escolar pela qualidade dos textos (nota-se novamente uma diluição do vocabulário) e pelos temas (abrangendo áreas tão variadas quanto a geografia, a história, a química, a biologia, a física,...). O destaque nas páginas é novamente o uso de conexões rápidas a explicações relativas aos temas de apoio das matérias principais (no artigo “Viagem à Grécia”, são disponibilizados caminhos para se conhecer um pouco mais sobre os Deuses da mitologia grega, o Monte Olimpo e a expressão “presente de grego”).

Ciência em Dia nos mostra descobertas recentes, pesquisas em andamento, levantamentos em diversas áreas, atualidades do mundo científico. Para quem reclama da dificuldade para acompanhar as melhorias obtidas nos quatro cantos do mundo, é pedida certa!

Os Perfis apresentados na revista são elucidativos em vários sentidos. Nos permitem conhecer grandes cientistas e pesquisadores das mais variadas nacionalidades e, em especial, os nossos “pais da matéria” (brasileiros) em diversas áreas de especialização (temos por exemplo, Florestan Fernandes, Milton Santos, Maurício da Rocha e Silva lado a lado com Jacob Palis e Peter Lund).

Na área do site dedicada a temas especiais podemos encontrar matérias voltadas para temas de grande repercussão no universo científico, seja a nível nacional ou internacional. Entre os materiais destacados pude encontrar, por exemplo, artigos dedicados ao estudo e exame da clonagem, das drogas, as armas biológicas, ao trabalho conjunto entre a genética e a arqueologia, a utilização dos recursos naturais no Brasil e a Amazônia.

Informações atualizadas, espaço dedicado aos jovens e as crianças, visual muito agradável, textos inteligíveis, assuntos que interessam a especialistas das mais diversas áreas e destaque para a produção científica nacional. Tanto as publicações que estão nas bancas quanto o site da SBPC, Ciência Hoje, estão de parabéns pela iniciativa corajosa e pelo espaço dado a valorização da produção brasileira, assim como, pela oportunidade dada aos estudantes de acessar informações sobre o mundo científico e, dessa forma, se apaixonar por todos esses conhecimentos!

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4 COMENTÁRIOS

1 Isabel Rocha - Sao Paolo
Creio que novas abordagens para o ensino das ciências ajudaria nessa questão. em vez de artigos de leitura, uma abordagem física como a utilização de instrumentos por exemplo, os a hrefhttp://sensing.konicaminolta.com.br/espectrofotômetro/a, que pode mudar a forma como as crianças pensam do assunto
15/01/2013 16:54:18


2 simone - joão monlevade
É INTERESSANTE SABER ESTES DETALHES SOBRE A REVISTA PARA QUE AS PESSOAS QUE NECESSITEM OU OPTE POR ACESSÁ-LAS SAIBAM COMO APRENDER.
30/05/2008 05:13:45


3 mayana alessandra - abre campo
adoro esta revista,ela e otima,eu li uma vez gostei e agora vou continuar lendo.
24/08/2007 14:02:55


4 ADRIANE APARECIDA MAIA DUARTE - NOVA SERRANA MG
NÃO VOU FALAR DESTE LINK, EU JÁ SOU ASSINANTE DA REVISTA HÁ VÁRIOS ANOS, ACHO ELA IMPORTANTÍSSIMA PARA O CRESCIMENTO E ESTÍMULO DAS CRIANÇAS, POIS TENHO DUAS, DEIXO-A LIVREMENTE PELA CASA, PARA QUE ELAS POSSAM ABRI-LA E INTERESSAR-SE PELO ASSUNTO QUE ELAS QUISEREM, ASSIM, ELAS ACABAM APENDENDO, COMENTANDO E SABENDO ATÉ IDENTIFICAR EM EQUAL REVISTA SE ENCONTRA DETERMINADO ARTIGO, SOBRE DETERMINADO ASSUNTO QUE O PROFESSOR SUGERIU NA SALA DE AULA.SÓ TENHO A AGRADECER. AGORA QUANTO A MIM, QUE SOU PROFESSORA, ADORA PRINCIPALMENTE A PARTE DOS PORQUES, SÃO TEXTOS QUE MEUS ALUNOS FICAM ALUCINADOS E GOSTARIA DE TÊ-LOS VIA ON LINE PARA FAZER UMA PASTA PARA IMPRIMI-LOS, POIS NÃO QUERO XEROCAR, NEM ESTRAGAR AS MINHAS REVISTAS...UM GRANDE ABRAÇO...ESPERO QUE NÃO DIVULGUEM...
06/07/2007 12:11:11


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