Universo Escolar
Maria Amélia Vampré Xavier Diretora para Assuntos Internacionais da Federação Nacional das APAEs - FENAPAES em Brasília, Assessora Especial de Comunicação de Inclusion InterAmericana e Assessora da Vice Presidência de Inclusion InterAmericana – Brasil , Relações Internacionais do Instituto APAE e da APAE em São Paulo, atua na Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social do Governo do Estado de São Paulo, na Rede de Informações do COE, no Sorri Brasil e no Instituto Carpe Diem em São Paulo.

Escolas Verdadeiramente Inclusivas são mais seguras e menos violentas - 27/02/2008
Traduzido do inglês por Maria Amélia Vampré Xavier

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Documento em inglês: Truly Inclusive Schools are Safer and Less Violent, extraído do Relatório MacKay sobre Educação Inclusiva: Truly inclusive schools are safer and less violent.

Um assunto recorrente, e que vem exigindo grande preocupação das autoridades educacionais e outras no Brasil, é que as escolas públicas do país se tornaram extremamente violentas. Recordamos uma querida prima, muito mais jovem do que nós, que infelizmente já morreu, e que nos contava dos tempos em que fora professora de adolescentes em uma escola pública e ali recebia toda a forma de agressões dos alunos, palavrões, gestos ameaçadores.

Agüentou aquela situação esdrúxula durante algum tempo e acabou pedindo afastamento do magistério porque seu temperamento calmo e equilibrado não conseguia compreender como uma professora como ela, ansiosa para ensinar, era vítima dessa violência de que todos estamos ameaçados.

O mundo caótico no qual vivemos, os atentados e guerras fratricidas que ensangüentam os noticiários das principais redes de televisão, o ódio em nome de um Deus estranho, que não quer o bem das criaturas, mas a sua destruição, a não observância de respeito e consideração nas relações familiares, o constante contato com violência através de videogames, tudo isso não só aqui mas nos Estados Unidos, para dar um exemplo, destroem os ideais dos jovens, que passam a comportar-se como selvagens, destroem material didático de suas escolas, desrespeitam os mestres, enfim, uma educação bem ao avesso a educação que, infelizmente, temos hoje em dia, pelo menos em largas camadas de nossa população convivem com isso.

Claro está que a violência dos jovens dentro das escolas não é assunto restrito ao nosso país complicado. No Canadá, também, país organizado e pacífico, com um excelente nível de qualidade de vida da população, as escolas também apresentam problemas graves. O Professor MacKay, do Canadá, nos diz que escolas inclusivas são mais seguras e menos violentas. Vamos reproduzir seu pensamento para aprendermos mais isso.

Pergunta: Em todos os lugares, nestes dias, vemos exemplos de violência em nossas escolas e não é só nos Estados Unidos, mas sim muito mais perto de casa. Será que estaremos procurando fazer coisas demais em nossas escolas, trazendo para elas, as nossas escolas, pessoas que não deveriam estar ali?

Professor MacKay: Uma das conclusões interessantes que tirei da revisão que fiz é que os alunos com deficiências não eram nem os principais perpetuadores, nem as principais vítimas da violência escolar e rebeliões. Esse é provavelmente o mesmo caso quando se trata de outro grupo de estudantes, os aborígines. Problemas de violência estudantil estão espalhados pela gama completa de capacidades, panos de fundo dos estudantes, e, de modo crescente, o sexo dos manifestantes. Enquanto os rapazes ainda são os principais atores no que diz respeito à violência, as meninas estão começando a chegar lá. As causas de raiz de rebeliões estudantis e comportamento inadequado nas ações são um sentido de alienação e o sentimento de não pertencimento. Este problema se acentua devido ao fracasso das escolas em atender as necessidades emocionais e educacionais desses alunos alienados. É este tipo de situação, em sua forma extrema, que conduz a tragédias como as que ocorreram na Columbine High School e o Virginia Technological Institute.

A inclusão, quando devidamente compreendida e devidamente objeto de recursos, pode reduzir a alienação desses estudantes e produzir um ambiente no qual uma gama diversa de alunos tem condições de contribuir, de aprender e pertencer. A inclusão pode, ainda, produzir uma população de alunos e de equipe que seja mais tolerante e aceite todas as formas de diferenças. Parece haver mais tolerância para diferenças nas escolas de New Brunswick em razão de suas práticas inclusivas. New Brunswick está no caminho certo quando se trata de Política do Ambiente de Aprendizado Positivo, porém muito mais tem de ser feito a fim de tornar as escolas da província mais seguras e mais inclusivas. Trabalhadores que fazem intervenção no comportamento, opções vocacionais, currículos flexíveis e métodos de ensino, assim como melhor treinamento em gerenciamento de comportamento, são algumas das minhas sugestões para conduzir New Brunswick ao novo patamar.

Pertencimento: Uma palavra tão simples e tão estimuladora. Ela completa em si algumas de nossas aspirações mais profundas e para alguns de nós, talvez, as nossas memórias mais dolorosas. Queixas em prol da igualdade começam e terminam com um desejo de pertencimento; para a comunidade as idéias de igualdade estão no coração da promessa canadense pró comunidade.

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1 COMENTÁRIOS

1 maria josé melchior villanova - Presidente Venceslau
li os artigos e adorei, parabéns
03/03/2008 15:29:07


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